sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Primavera Árabe

A Primavera Árabe, como o evento se tornou conhecido, apesar de várias nações afetadas não serem parte do "Mundo Árabe", foi provocado pelos primeiros protestos que ocorreram na Tunísia em 18 de Dezembro de 2010, contra a corrupção policial e maus tratos. A volatilidade dos protestos e as suas implicações geopolíticas têm chamado a atenção global com a possibilidade de que alguns manifestantes possam ser nomeados para o Prêmio Nobel da Paz de 2011.
A revolução democrática árabe é considerada a primeira grande onda de protestos democráticos do mundo árabe no século XXI. Os protestos de índole social foram causados por fatores demográficos estruturais, condições de vida duras promovidas pelo desemprego, ao que se aderem os regimes corruptos e autoritários revelados pelo vazamento de telegramas diplomáticos dos Estados Unidos. Outras causas das más condições de vida, além do desemprego e da injustiça política e social de seus governos, estão na falta de liberdades, na alta militarização dos países e na falta de infraestruturas em lugares onde todo o beneficio de economias em crescimento fica nas mãos de poucos e corruptos.



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Globalização


Começou a ser utilizado o termo globalização na década de 80, referindo-se a um novo conceito de povos e economias internacionais. Politicamente a globalização recente caracteriza-se pela crescente adoção de regimes democráticos. A ONU que deveria ser o embrião de um governo mundial foi paralisada pelos interesses e vetos das superpotências durante a guerra fria. Em conseqüência dessa debilidade, formou-se uma espécie de estado-maior informal composto pelos dirigentes do G-7 (Estados Unidos, GBretanha, Alemanha, França, Canadá, Itália e o Japão).
Imagina-se que a globalização, seguindo o seu curso natural, irá enfraquecer cada vez mais os estados-nacionais surgidos há cinco séculos atrás, ou dar-lhes novas formas e funções, fazendo com que novas instituições supranacionais os substituam. Esta é uma das razões dos críticos acusarem-na, a globalização, de ser responsável pela intensificação da exclusão social (com o aumento do número de pobres e de desempregados) e de provocar crises econômicas sucessivas, arruinando milhares de poupadores e de pequenos empreendimentos.
As teorias econômicas que assumem rendimentos crescentes mostram que os maiores e mais desenvolvidos sempre têm vantagens e por isso tendem a se manter na dianteira do processo de desenvolvimento que iniciaram. Assim, é hora de pensar em padrões de desenvolvimento alternativos, que se preocupem mais com a solução dos nossos problemas específicos e menos em alcançar os mais desenvolvidos. Se para isso é preciso um Estado com as finanças saudáveis e financeiramente capazes, reconhecer sua importância é o primeiro passo a direção de implementação de reformas que, de fato, permitam-no cumprir seu papel.